sexta-feira, agosto 17, 2007

A prática leva à perfeição

Muitos japoneses gostam de jogar golfe e dedicam boa parte de seu tempo livre tentando demonstrar que o esporte não é uma total perda de tempo e dinheiro. Entretanto, há um problema grave: a falta de espaço. Os bons campos de golfe (sim, há grandes campos por aqui também) ficam longe e o acesso a eles custa caro. Então o que fazer para não ficar enferrujado no esporte sem gastar fortunas e nem ter de gastar mais de duas horas em transporte?
A solução é simples: campos fechados para treino de tacada. São áreas completamente envolvidas por uma grande cerca que possibilitam a prática do esporte em regiões urbanas sem a preocupação de acertar a bolinha em alguém perto, o que provavelmente seria fatal...
Para melhorar, há um estoque grande de bolas para usar, o que permite praticar muito bem as tacadas. Em algumas horas de treino, o resultado é visível: mais de dez mil bolinhas para os funcionários ficarem catando nos intervalos de manutenção. Imagino se há algum tipo de máquina para isso... Enquanto a manutenção não vem, nós, meros transeuntes, somos presenteados com cenas como a que se vê acima.
Elas por elas, eu ainda prefiro as áreas de treino de tacada de beisebol. Mas há gosto para tudo...

quarta-feira, agosto 15, 2007

E ela olhou para mim!


Estamos no verão aqui no Japão, assim como em um monte de outros países no hemisfério norte. Além do calor característico, temos agora o canto das cigarras. Em Brasília, as cigarras cantavam para anunciar a chegada das chuvas e, coincidentemente, a estação quente. Bom, tecnicamente falando, elas não estão nem aí para o verão ou não. Elas apenas estão aproveitando o momento apropriado para conseguir a companhia necessária para fazer cigarrinhas.
Detalhes à parte, cigarras, como muita gente sabe, são uma presença constante e relativamente discreta. Você as ouve (e como ouve), mas não as vê. Bom, a verdade é que poucas pessoas ficam gastando seu precioso tempo fuçando as árvores para ver se acham uma cigarra. Mas no meu caso, ela estava bem perto, na varanda da casa onde eu estava. Aproveitei a chance e tirei a foto. Só depois fui notar que, enquanto eu olhava para ela, ela também olhava para mim... :)

Uma pitada de estilo

Para uma coisa ser bem avaliada, um fator significativo é que seja funcional. Outro fator importante é que seja atraente. Estilo, afinal das contas também conta. Se tiver os dois fatores, melhor ainda. E por que não em objetos do cotidiano? Mesmo em Tóquio, são poucos lugares que têm um semáforo tão 'pra frente' quanto este. Para ser sincero, não me lembro de ter visto algo parecido em nenhum outro lugar. Uma pena. Este conjunto de semáforos fica perto do Tocho, o prédio da administração central de Tóquio, para quem quiser ver. Se você acha uma loucura se deslocar só para ver um semáforo, fique sabendo que já vi casos muito mais graves por aqui, com evidências fotográficas. :)

Uma cena japonesa bem nipònica no Japão.

Desculpe a redundância do título. Mas você já deve ter notado pelas minhas fotos (e de outros também) que os japoneses não se vestem tanto à japonesa quanto a gente gostaria. Há, é claro, várias oportunidades para vestir roupas tradicionais. Mas fora alguns casos excepcionais, são poucas pessoas que fazem dos quimonos suas roupas cotidianas. Um motivo provável além da moda é o preço. Um quimono de boa qualidade, mesmo mediano, custa uma fortuna. Além disso, o quimono tradicional é feito para esconder as formas naturais do corpo(bom, para algumas isso pode ser uma vantagem) e, para piorar, reduz a mobilidade. Ainda assim é elegante, e torna o Japão um pouco mais próximo do ideal criado por aqueles que nunca adentraram em solo japonês. Confesse, você também, pelo menos em algum momento de sua vida, imaginou/desejou que todo mundo aqui se vestisse de quimono e andasse com espadas nas mãos! hehehe
De qualquer forma, eu pessoalmente gostei da foto. Foi tirada, por sinal, no fim da primavera num parque muito bonito de Tóquio, o Shinjuku Gyoen. Fotos dele, assim que possível.
Bom, vamos à foto em questão!

Puxando o carro (ou melhor, empurrando)

Esses dias (mês passado, na verdade), na frente da estação de Shibuya, um dos lugares mais agitados de Tóquio, me deparei com uma cena incomum: três policiais unindo forças para empurrar um carro que aparentemente teve uma falha no motor. O 'calhambeque' que deu problemas era esse aqui:
É mole? Um Mercedes esporte que precisa ser empurrado... Pensei que um carro desses tivesse um dispositivo especial (de fábrica, é claro) que deixasse o veículo à prova de problemas. Então por que o carro 'pifou'?
Fora as possibilidades mais plausíveis de falha no motor ou falta de gasolina, imagino quais seriam os fatores que levaram a este acontecimento: 1) O cara não sabia dirigir o carrão que ganhou do papai, deixou o motor morrer e não sabia o que fazer. 2) O cara queria tirar onda na frente de todo mundo, mostrando o carrão que tem e aproveitar para provar que fazia a polícia empurrar o carro dele... 3) Num momento único, mais de cem olhos-gordos juntaram seu poder para fazer o carro misteriosamente parar de funcionar de modo a nunca mais dar sinais de vida.
Qual você escolhe?